A hipocrisia é alimentada cada vez mais na sua gaiola fechada pelo seres humanos

segunda-feira, 29 de março de 2010

Analgésico

Mais rápido que uma bala, um grito apavorante, enfurecido e cheio de raiva, ele é metade homem, metade máquina, cavalgando o Monstro de Metal ,respirando fogo e fumaça
Aproximando-se com vingança num vôo arrojado
Ele é o analgésico.
Esse é o analgésico.
Planetas devastados, a raça humana de joelhos, um salvador vem dos céus, em resposta ao apelo deles, atravessando ferventes nuvens de trovão, explodindo parafusos de aço, o mal desce em círculos mortais
Ele é o analgésico.
Esse é o analgésico.
Mais rápido que uma bala laser, mais barulhento que uma bomba atômica, o cromo blindado, metal em ebulição, mais luminoso do que mil sóis, voando alto na captura, fortalecido, livre e valente, nunca mais capturado, eles foram levados de volta á sepultura, com a humanidade ressuscitada, sobreviver eternamente ao retorno do Armageddon nos céus
Ele é o analgésico
Isso é o analgésico
Asas de aço analgésico 
Círculos mortais analgésico

domingo, 28 de março de 2010

Como estátua

O que seria? Uma estátua?
Uma estátua, sim pensamos na mais comum, um homem feito de cimento feito com cautela, normalmente uma pessoa famosa ou importante. Agora tirando essa parte artística criada.
Não possui vida, mas possui uma expressão, imagine se uma estátua tivesse vida, olharia com a mesma cara pra todo mundo passando, as pessoas apreciando e outras odiando, mesmo que tivesse pessoas apreciando... seria um saco.
Coitada dela, se envolve em tudo, não tem culpa de nada. Coisas acontecem em sua volta, isso pode ser engraçado, mas coisas felizes, comemorativas, tristes, trágicas, interronpidas, acontecem em seu torno, e ela sempre está, mas não está em todas essas situações, sempre com a mesma expressão e sua cara, independente da situação sempre esta combinando com tudo.
Não são as pessoas que fazem ela se encaixar na situação, é ela mesma que se encaixa...

Em cima do coqueiro

É, eu estava lá em cima do coqueiro observando as ondas na beira da praia, os movimentos das ondas me levavam junto com elas, com um certo balanço, o vento abafado batia em minha face e meus olhos levemente fechados por causa do vento.
Quanto mais perto do horizonte, menos movimentos no mar, até que vi um movimento diferente; um homem nadando, nadando com um objetivo, dando braçadas fortes e precisas, fui acompanhando ele como tivesse a obrigação de acompanhá-lo. Ele usa os músculos como calma e energia pra nadar. Realmente não tinha a mínima consciência de que um desconhecido o admirava de longe, estou sendo solidário com ele e espero que ele esteja sendo comigo. Eu o admiro, não sei da onde vem essa admiração, mas era uma admiração. incógnita. Eu acompanho o seu esforço solitário, em minha presença já nadou uns trezentos metros faltavam apenas cinqüenta ou sessenta metros pra sair da minha vista, então ele se foi.
 Agora não sou mais responsável por ele, cumpri meu dever e ele cumpriu o dele.
Não desço do coqueiro pra falar com ele e apertar sua mão
Não tenho idéia como são os traços desse homem não quero ser seu amigo porque eu o admirava com um silêncio e de longe. Agora sim posso descer do coqueiro orgulhoso de mim mesmo dizendo: “eu admirei um homem hoje nadando, eu fui responsável por ele”
 Era um simples homem, um animal...


Baseado na cronica "homem no mar" do Rubem Braga

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